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Archive for Junho, 2010

Sentimentos, o que são sentimentos? Eles entram e saem das pessoas de uma maneira desesperadoramente rápida, e as vezes até frustrante. Da mesma forma que o misterioso entrou em sua cabeça e palpitou seu coração em um dia, ele sumiu como poeira de beira de estrada em outro. O vento levou tudo embora. Ela estava vazia como sempre estivera. O espaço ainda estava vago para o cara perfeito. E ela ainda estava esperando.

Ela ainda tinha seu desejo de ser encontrada e desejada, vai ver o cara certo ainda estava para aparecer, alguém que fosse deseja-la como ela imaginou um dia, como ela queria. Mas, esse alguém seria a pessoa certa para ela, e finalmente o par perfeito, o final feliz. Essa foi a parte boa de nunca ter passado de apenas desejo, o que começou em março acabou com as águas de março. O que tem que ser será. No fim, tudo dá certo. Se não deu certo ainda é porque não chegou ao fim.
Ela queria mudança. Mudou seu horário de expediente do serviço, seria menos árdua sua rotina, iria ter mais tempo para pensar na vida. Resolveu se dedicar de verdade a algo. Queria evoluir. O inverno estava chegando. Mundanças. Seria seu novo começo. Uma nova felicidade. Ela sabia disso. Sexto sentido feminino? Talvez. Atraía aquilo que desejava, e o que ela mais desejava? A felicidade plena.
Várias noites sozinha ao retornar para sua casa depois do serviço pensava vagamente em sua vida, seu rumo. Uma dessas noites frias de outono, ouvindo somente música em seu carro e seu pensamento, olhou para o céu e viu uma estrela, uma só. Lembrou da praia. Lembrou de seu pedido. “Mais que encontrada – Queria ser enxergada!”. Será que alguém a veria de alguma forma diferente?! Nova Era estava por vir. Ela estava feliz.
Em mais um dia de trabalho, chegou contente a sua mesa; cumprimentou seus companheiros de batalha. Ainda não tivera tempo para conhecer todo o Turno da Noite (essa palavra a fazia lembrar dos livros de vampiros que lia do André Vianco, A Saga do Turno da Noite – cômico, mas realmente ele fazia parte de sua rotina, de sua vida; só faltava ela ser uma vampira – quem sabe.) Foi quando a líder da operação ao lado a fez trocar breves palavras com um garoto, um Garoto Saint-Gobain. Apenas um vizinho de operação. Seria mesmo só um vizinho? O garoto era diferente de todos que ela normalmente se interessava, e principalmente, ele aparentava ser diferente de todos que já haviam se interessado por ela. Ele a olhava diferente. A deixava tímida de certa forma. Ele não a olhava no corpo. A olhava nos olhos.
Ele puxou papo alguns dias, alguns xavecos furados, outros bem interessantes. Ele parecia ser o cara que ela havia desejado para estrela cadente, o cara que a enxergaria. Pois era dessa forma que ele a descrevia em suas mensagens em seus olhares. Era algo muito profundo. Diferente. Ela corava. Ele queria uma chance, a chance de desvendar a garota, complicada e perfeitinha.
Será que ele conseguiria? Daria ela uma chance? Essa história não acabaria ali, os sorrisos trocados entre os dois tinha uma grande diferença, algo novo e concreto. Eram reais. Ambos sorriam de verdade.

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