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Archive for Fevereiro, 2010

Comfort friend

Engraçado como o ser humano costuma se sentir culpado por algo que não fez, ou pelo menos acha que não fez. Costumo sempre dizer a meus amigos que o ‘perdão’ é algo divino. As desculpas são palavras ditas por nossa boca, o perdão surge, é como o amor; não adianta forçar ou fingir, simplesmente acontece.
Em um dia amargo de sol, onde tudo estava se saindo perfeitamente perfeito; um tropeço, uma ferida. Nem todas as vezes que magoamos as pessoas com pequenos gestos nós percebemos os nossos erros. Há vezes em algo que para nós não houve maldade; pode não ter sido dessa forma interpretada. Ouvi uma frase que me fez pensar, “se continuar a fazer isso, não serei mais sua amiga…” em pouco menos de cinco segundos meus olhos encheram-se de lágrimas não consegui controlar, preferi me afastar, pois elas desciam por minha face. O que eu havia feito de errado? Eu não conseguia compreender. Fiquei triste depois com raiva, no final só chateada. Não tinha necessidade de ouvir isso, mas eu também não sabia o porque ela havia dito isto.
Talvez, ela não estivesse bem. Talvez, ela estivesse triste. Ou talvez, simplesmente tenha sido sem maldade, Quem sabe tudo isso junto não é. Resolvi deixar para lá. mesmo tendo uma pequena ferida, e aquela frase remoendo em minha mente.
Eu sabia que ela não estava bem ultimamente. Eu queria poder ajudar; não conseguia. Resolvi mandar um recado. Péssima ideia. Ela pareceu não ter gostado, já que desde então não falou mais comigo. Disse não estar bem, e não ter tempo para falar, e que era algo que deveria resolver sozinha. Porque sozinha? Não entendi. Então eu fiquei mal. Escrevi sobre isso. Ela comentou dizendo para eu não me afastar. E achei que o melhor a se fazer era perdoar e esquecer. E eu o fiz. Ela não sabe, já que o perdão é um sentimento. Não vi necessidade de pedir desculpas; mas sim de dizer a ELA para não se afastar. Para não me deixar. Pois eu não vou deixá-la também.
Não se pode apagar as coisas da memória, e não é fácil apagar as coisas do coração. O tempo passa muito mais rápido do que conseguimos perceber. E os verdadeiros sentimentos e as coisas boas sempre vem. “As coisas boas vão chegar se eu esperar…” Sim, elas vão.
(…) Você nunca vai estar sozinha de agora em diante
Mesmo que você pense em desistir
Não vou deixá-la cair
Quando toda a esperança tiver desaparecido
Eu sei que você pode continuar
Vamos ver o mundo sozinhas
Vou te segurar até a dor passar
Eu estarei lá para tudo não vou desperdiçar mais nenhum dia
Não vou estar ausente mais nenhum dia
E agora, enquanto eu puder
Estarei te segurando com ambas as mãos
Pois sempre acreditei que não há nada que eu precise a não ser você
Então, se eu ainda não o fiz, quero que agora você saiba,
Você nunca vai estar sozinha.(…)

“As pessoas não se tornam especiais pela maneira de ser ou agir, mas pela profundidade em que atingem nossos sentimentos.”

Um sopro para minha irmazinha. Nizinha.

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Where were you?

Em um dia qualquer, após uma noite turbulenta. O sono fechava as minhas pálpebras de maneira intensa que não deixava eu perceber o quanto eu estava atrasada. Fazia muito sol. Eu odeio o calor quando se tem obrigações a fazer. Essa sensação quente não me agrada. Levantei-me e tomei um banho. A bermuda era a melhor opção. Sentia um pulsar em minha cabeça, uma dorzinha. Não incomodava, tanto. Senti fome. Olhei no relógio, um breve desespero; tão breve que em menos de um minuto já havia passado. Fui calmamente até o ponto de ônibus. Por pouco não o perdi, adentrei.
Um olhar, uma emoção. Sentei. Nós? Meros estranhos. Cumprimentamos e o transporte seguiu até o ponto onde eu deveria descer. O sol queimava minha vista. Ardiam meus olhos. Dia árduo de trabalho, sem emoção. Novo transporte até o ponto.
Um sorriso. Um calafrio. “Parecia que não ia acontecer com a gente…” Nova estrada. Perdi-me no tempo, perdi-me no perigo. De alguma forma aquilo estava me atraindo. De alguma forma eu o queria. Não. Eu o desejava. Algo dentro de mim desejava. Era a vontade de me sentir desejada. E lá estava tudo acontecendo, suas pernas tremiam, sua voz falhava, seu sorriso cada vez mais sem graça. Sua vontade. Seu gosto. Seu carinho. O perigo. Algo me atraia. Algo em tudo aquilo nos atraia. O tempo foi passando. Calafrios, calor, desejo; diversas sensações estranhas foram acontecendo em tão pouco tempo. Decidi que era melhor nos afastarmos. Então cada um seguiu seu rumo. E ouvi um despertar alto. Abri rapidamente meus olhos; era o despertador. Piscava 6h20. É eu estava atrasada. Eu havia sonhado. Um sonho indescritível, encantador. Um sonho tão real. Fechei novamente meus olhos, não me lembrava mais de sua face. Somente da cor de seus olhos e de seu sorriso. Não queria dormir novamente, pois não queria apagar aquele sonho. Eu queria me lembrar, queria poder sentir. Eu sentia, não sei o que; mas, sentia.

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My fantastic world.

Amanhã pode ser tarde, pode ser que eu vá embora.

E como ficaria a sua vida sem mim?! O que realmente você sentiria se eu sumisse?! Se eu simplesmente embarcasse em um vôo sem volta, sem rumo?! Se não pudesse ter contato e nem saber como estou?! Sentiria minha falta? Por acaso, eu faço falta?

(…) Acordei com uma vontade imensa de sair correndo, e extraordinariamente queria sumir. Simplesmente desaparecer do mapa. Que mapa? Eu não faço parte de um mapa. De uma realidade. De um todo. Nunca senti que alguém fosse se lembrar de mim. Não passo de mais uma peça desse xadrez estranho que chamamos de vida. Em uma batalha as peças brancas vencem e eu sou parte delas, outras elas perdem e eu também sou parte delas. Estou sempre perdendo e ganhando. E no final das contas quem sou eu nesse xadrez? Um pião. Igual todos os outros. Aqueles que são jogados a morte para que os outros venham e ataquem. Eu sou a raça fétida do xadrez, a ralé. E quem se lembra da ralé, quem se importa com a ralé? Ninguém. Levantei com esse pensamento nada. De ninguém. O sol raiava forte no horizonte. 40º em algum lugar. Talvez. Para onde vou. Com quem vou? Alguém iria comigo? Quantas dúvidas me surgiam. Durante todo o dia somente um vazio, a vontade voltava o tempo todo dizendo “vá”. Eu fui. Minha mente foi. E quando dei por mim já não fazia mais parte do xadrez. Eu era o jogador. O comando tomava as minhas entranhas, sentia minha face rosada, e quente eu ficava a cada movimento que fazia no tabuleiro. As peças agora eram os outros, eu os jogava como qualquer ralé, eu estava matando alguém. Eu não me importava mais. Eu agora estava fazendo diferença. Uma diferença grande para o meu interior. A minha pulsação era forte. O jogo acabou. Eu venci. Xeque-Mate. Pisquei meus olhos para degustar a vitória lentamente. Ao abri-los vi peças quebradas a minha frente, eu estava no tabuleiro de novo. Eu era o Rei. O Rei do lado vitorioso. A noite tomou conta do sol e a lua se prostrou linda junto às estrelas brilhantes. As observei calmamente. Meu desejo de sumir já tinha partido de meus pensamentos. O ponto de decisão havia chegado. Eu queria ser feliz. Isso era o que me faltava. E eu não precisava de um mapa para isso. Eu precisava ser eu. Eu era EU. Eu era um novo eu. Um EU melhor. No meu mundo não havia mais ralé, nem mediocridade; descobri que não precisava ser lembrada pelos outros, e sim por mim mesma. No meu mundo de peças, eu faria a vitória; eu agora era o REI. (…)

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Sensations.

Uma sensação de vazio preenchia meu interior, o que era isso? Saudade. Era a única resposta que encontrava. Mentalizar sua imagem em meus pensamentos fazia um “boom” e meu coração disparava, quando dava por mim em minha face corriam lágrimas, lágrimas de saudade. Sua falta me agoniava. Não entendia o porque aquele sentimento me domava de uma forma estranha. Precisava matá-lo. A cada 24 horas para o tempo; eram 48 horas para mim. Poucos minutos antes de embarcar um aperto na boca do estômago, um calafrio; seria fome? Acho que era ansiedade. Durante todo o trajeto não conseguia me concentrar em leitura alguma, minha mente ficava fantasiando e fantasiando como seria o encontro. Meu estômago pulava, me senti enjoada; parei a leitura. Meu sangue estava ficando quente, as vistas pesadas. Resolvi ler uma revista um pouco mais interessante, também não prendeu minha atenção. Novamente lá estava as sensações estranhas em meu corpo, a mente estava a mil por hora, não me concentrava, era estranho. A pouco tempo isso teria fim, então relaxei um pouco fechei os olhos e adormeci sem prestar atenção em mais nada.
Ao abrir os olhos luzes isso significava cidade a vista. Não sabia onde estava então meus olhos procurava tudo a minha volta que pudesse me informar. Estava no lugar certo. Meu coração palpitou mais forte. Meu estomago foi ao esôfago e voltou ao seu lugar de origem. Senti uma vontade imensa de ir ao banheiro, não sei se foi a quantidade de líquido que injeri ou o nervosismo. Pegue o telefone não sabia o que fazer para discar. Tentei várias formas até achar a que funcionasse. Ligação completada com sucesso. Estavamos a pouco tempo de nos encontrar. A cada curva nas quadras da cidade que o transporte fazia mais uma sensação diferente. Quando li “rodoviária” um alívio. Ao descer do ônibus, não sentia meus pés, minhas mãos, acho que não sentia o corpo todo. Ele não estava lá. O brilho de meus olhos foi embora junto com o ônibus. E em leves pingos começou a garoar somente para deixar marcas no chão, o mesmo que mostrava que já havia chovido muito antes. Sentei. Esperei paciente. “tec” uma pastilha de tic tac. “tec” outra pastilha de tic tac. “tec” mais outra pastilha de tic tac. Estava ficando impaciente já. Quando resolvi olhar para o lado. Lá estava ele. Caminhando suavemente na garoa fina. Ao seu redor nada mais se movia, nem tinha cor, só enxergava ele. Meu coração bateu forte, tanto quanto nosso abraço. Um sorriso timído e minha face se corou. Não sentia mais saudades. Eu o tinha. Durante todo o tempo que passamos juntos até a despedida, foi como se problema nenhum existisse. Estava tudo perfeito, eu me preocupava com o seu bem. Eu queria que fosse memorável. E foi. Meu vazio havia se preenchido.

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