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Archive for Janeiro, 2010

Trust me.

“Para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos.” (Sócrates).

Confiança é o ato de deixar de analisar se um fato é ou não verdadeiro, entregando essa análise à fonte de onde provém a informação e simplesmente considerando-a. Se refere a dar crédito, considerar que uma expectativa sobre algo ou alguém será concretizada no futuro. Aceitar a prioridade a decisão de outra pessoa. Confiar em outro é muitas vezes considerado ato de amizade ou amor entre os humanos, que costumam dar provas dessa confiança. Sem essas provas, o indivíduo tende a basear-se apenas na informação dada (ou a falta dela) acabando por seguir provavelmente uma linha de pensamento longe da verdade. Confiança é o resultado do conhecimento sobre alguém. Quanto mais informações sobre quem necessitamos confiar, melhor formamos um conceito positivo da pessoa.
Definição by wikipédia; porém, nada melhor para dizer o que estou sentindo no momento. Confiança. E por incrível que pareça não sou eu quem estou confiando em alguém dessa vez é as pessoas ao meu redor que vejo confiando em mim. A cada novo passo e processo de análise ao qual me auto submeto eu me vejo um dia mais experiente, um dia mais “cabeça”.  E nada como ‘um dia após o outro’ para nos provermos de cada bem que o anterior nos deixou. Tudo em nossa vida é um aprendizado. Antes as coisas que eu somente VIA agora eu ENXERGO.
O que de bom tiramos em cada coisa de errado que fazemos na vida é uma lição para o futuro. E sabe o que me deixa muito feliz. Ver que tenho quem CONFIA em mim e pessoas a minha volta que cada um de sua simples maneira me entende e me ‘atura’ e ama de verdade. Amigos dos quais tenho e vou valorizar muito. Muito mais do que já tentei fazer um dia. Amigos que eu já cheguei a simplesmente ignorar por coisinhas bobas. Amigos que eu abri mão por algo idiota, ou por outro alguém. E lá na frente eu vi que não valeu tanto a pena assim. Amigos que nunca quero perder ou esquecer, pois cada um com seu carisma e sua forma diferente de ver a vida me conquistou e me ensinou muito, e de uma forma inesperada marcou minha vida. Amigos que apareceram em momentos que precisava muito. Amigos que ressurgiram das cinzas. Amigos que sempre estiveram lá e eu nunca vi. Amigos… é amigo é amigo né.

A pouco tempo eu percebi a confiança que as pessoas depositam em mim, e estou começando a aproveitar disso, usufruir do que é bom dessa confiança e passar a pessoa que ela realmente pode confiar. Eu havia perdido um pouco da minha essência, do meu berço. Resgatei. Agora meus pais são meus pais de novo. E eu sou uma filha. Alguém em quem eles confiam e se orgulham. Quando faço algo importante ou passo mais uma barreira e mostro o quanto eu cresci com ajuda deles nessa jornada chamada ‘vida’. Quem disse que o senhor ‘dureza’ nunca ia amolecer. É engraçado ver o orgulho que ele tem de saber que estou dirigindo sozinha e bem. A confiança que ele está depositando em mim aos poucos e me liberando para o mundo. Para crescer. Porém sempre com os braços de um pai amparando-me se eu cair. É estranho. É lindo. Tenho os melhores pais do mundo. Me orgulho disso e do amor que sinto eternamente por eles.

Cada pessoa que entra na nossa vida e marca. Algumas vão, outras simplesmente ficam e muitas voltam. O momento ‘sempre’ e ‘doçura’ foi com ela. Foi com a princesinha do agreste dourado. Foi com quem cresci, aprendi, discuti e agora enxergo o quanto fui rude, má e ingênua. Percebi o quanto um perdão não conserta o passado. Mas aprendi que para ter um futuro melhor é só olhar pra traz e sei que com ela nunca mais será feito o mesmo. Ela merece mais sempre mereceu. A Ellen é meu grande amor, meu lado direito do cérebro, minha essência da amizade eterna, o perfume da manhã e o doce cacau. O sorriso que sempre vai estar no meu rosto, a minha Bad Religion, a minha best friend.

Após admitir quanto eu era egocêntrica e egoísta, eu descobri que as pessoas podem ter outras pessoas e se dividirem e amarem mais de uma só. Conheci a Marini, carinha de anjo e corpinho frágil; mentalidade de mulher. Uma guerreira. Uma companheira. Sabe falar quando deve falar, calar-se quando deve calar. Aprendeu a ler minhas entrelinhas. Me ensinou a gostar de mim. A gostar da vida. A ser original, mesmo não sendo de guaraná. Me ensinou o sabor do sorriso e do conforto. A aprontar e a incubrir as coisas erradas. Ela é uma mãezona. O estranho é perceber o quanto pudemos ter nos distanciado no final o contexto sempre esteve presente. Sempre estivemos ali. De uma forma meio icógnita, uma ao lado da outra. E hoje juntas, somos felizes.

Momentos que não voltam e muitos que virão, nesse meio da vida descobri que em pequenos momentos podemos fazer grandes amizades. E que é só darmos valor a quem está nos dando valor. E acreditar que no final tudo vai ficar bem. As coisas boas vão chegar se eu esperar. Foi entre essas e outras que em um trabalho bobo de faculdade me diverti e ri muito ao seu lado. E depois cada dia mais nós vimos o que temos em comum e o quanto podiamos nos dar bem. E nos demos. Eu vacilei. Fui infantil. Fui ridícula alias; pois, a sua mentalidade era muito além da minha. Enquanto eu brigava e chingava, você dizia ‘calma Bia tudo vai ficar bem’ e no final das contas em tudo e pra tudo desde então sempre pude contar com você. Podemos não estar tão próximas. Mas o que sinto por ti é sim muito verdadeiro, pois é amor. Amor de verdade. Amor que você conquistou sendo pra mim uma amiga de todas as horas, de todas as loucuras infantis e de adultas. Um amor patricinha. Um amor Paulinha.

O que um simples carisma não faz a uma pessoa né. Foi assim que você foi chegando de mansinho e conquistou seu espacinho. Que por sinal nem é tão pequeno. Uma conversinha aqui, uma brincadeirinha ali. Eu fui vendo muito mais que um simples conhecido, um amigo, um confidente, um irmãozinho. Uma branca de neve, intocavel e impecavel. Para mim é assim que tu és. Tive medo de me aproximar e te espetar com meus espinhos de impaciência e infantilidade e te fazer virar uma bela adormecida. Pois não sou um principe, nunca poderia acordá-lo. Tentei de uma forma gentil lhe mostrar o que queria. E aos poucos você me viu. Você me notou. Me ensinou a coragem. A destreza. A ser gentil, confiar mais em mim mesma e o carisma pelos outros. Você conquistou em mim algo muito maior do que penso poder um dia conquistar em você. Minha confiança. Minha vontade de estar ao lado e de ser lembrada. Meu eterno desejo de te ter ali. Em mim de alguma forma. Presente. O que começou com uma simples inveja minha esta se tornando algo muito importante uma amizade, que quero levar para muitos anos. Hoje esse amor pra mim começa com H se chama Henrique.

E onde será que a confiança se encaixa em tantas histórias? Em tudo. Pois o centro da amizade nada mais é do que confiar em alguém de uma forma inexplicada como você gostaria que esse alguém confiasse em você. Estarei sempre presente na vida de vocês. O amor que tenho por vocês e o que vocês representam pra mim é com o uma tocha olímpica, nunca apaga.

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Once.

Sabe quando você começa a se sentir encomodado com as pessoas se encomodando com a sua presença? Ou sente-se tão mal a ponto de ser inexplicável e quase sem motivo?
Descobri que quanto mais nos auto-analisamos mais conhecemos os outros. É uma forma de descobrir onde estamos errando; se é que estamos errando. Admitir que errou e pedir perdão.
Ninguém é tão sublime a ponto de negá-lo. Ninguém é tão fútil a ponto de fingir. Ou tão estúpido que não é capaz de administrar seus erros. Apontar os outros é fácil o dificil é se reconhecer.

Quando o relógio despertou as 5:00h da madrugada pensei “hoje é o dia de relaxar e novamente pensar na vida”. É engraçado ver que quando comecei a me perceber mais, percebi muito melhor as coisas que me afetam a minha volta. Um comentário do tipo “não aguento mais”, pode ser decisivo para alguém. E ao abrir os olhos vi, não a minha cama, mas sim um novo dia de aprendizado. Banho tomado, roupas alocadas junto ao corpo, mochila engajada nas costas, lá fui eu. Um dia massante de trabalho para uma sexta-feira qualquer. Minutos que pareciam horas, horas que pareciam minutos. 14:20h no relógio. E agora o que fazer? Entrei no trasporte sem rumo, comprei um passe de trem. Na plataforma a decisão.

– Gostaria de falar com a Ellen? –
–  Oi Bi.. –
–  Posso ir para a sua casa? –
–  tudo bem pode vir… –

Ouvindo Red Hot Chilli Peppers até a estação Presidente Altino. Lá estava ela. Como sempre radiante. Uma mulher. Uma linda mulher. Conversamos no caminho até a sua residência. Expressei todo meu desconforto por me sentir um estorvo na vida de alguém. Esse alguém precisava de um espaço, um tempo só, um tempo longe do problema dos outros para simplesmente relaxar ou pensar nos seus próprios problemas; esse alguém merece mais que isso. Eu tentei não ser inconveniente naquela sexta-feira, ela precisava ficar só, ela estava só. E cada um teria o seu tempo o tempo que precisava. E o meu era ao lado da Ellen. Naquele momento tudo que eu queria era ter novamente aqueles momentos engraçados e nostaugicos. Eu precisava fazer com que tivessemos novas recordações para lembrar daqui a alguns anos. Um novo dia juntas. Um novo tempo de Bianca e Ellen. Chegamos em seu quarto, eu conheci a “Bi” a famosa Bi. Era estranho pois eu sabia que ela ultimamente esteve mais presente na vida em sua vida que eu. Eu senti ciumes. Um pouco de remorso talvez. Pois, no fundo eu sabia que a culpa de tudo ter ficado dessa forma também era minha. Eu também estava me afastando e estavamos nos perdendo. Começamos a escrever livros diferentes e nossas histórias não se encaixavam mais. Eu queria, eu tinha desejos, eu sentia que podia, voltar a escrever o mesmo. Mas eu precisava saber se ela também. Durante toda a tarde rimos um pouco, relembramos do passado e de quando eramos pequenas. Foi bom. Meus olhos brilhavam. Eu estava lá. E não era estranho. Era confortante. Foi maravilhoso. Então foi quando os pequenos comentarios foram se agregando a minha nova forma de ver as coisas, a auto-analise. E por um instante eu pensei “eu sou um estorvo a ela nesse momento”. Decidimos sair, não deu certo. Há 120km meus pensamentos voaram então retornaram a minha mente. Eu queria um tempo só, eu precisava chorar. Eu tinha atrapalhado algo importante para ela, e aquilo me fez mal. Fiquei bolada por um tempo. Eram 23:30h quando chegamos a estação de trem e quando eu disse “tchau” eu ouvi um “me desculpe”. Incrivel como ELA estava se sentindo culpada. E na verdade era EU quem deveria estar me sentindo culpada; e estava. Eu tive os 3 minutos mais cabeças e mais expressivos que pude com ela. E foi bom. Ao passar a catraca me veio na mente. Onde vou? Não importava eu só queria andar. As lagrimas corriam, um misto de felicidade, amor, saudade, carinho e tristeza. Não queria apagar nossos momentos. Eu queria aumentá-los. E eu havia tentado isso, um fracasso mais eu fiz. Varias vezes em minha mente só vinha “será que ela vai lembrar de hoje, será que foi importante?” Meu celular tocou. Um pequeno sermão, não seja imprudente. Não precisava ouvir isso, pois eu sabia meu limite eu não faria nada que eu mesma pudesse me prejudicar naquele momento. Eu havia crescido em pouco tempo. Meu cerebro agora é o pensador. Decidi ir para casa, sem pressa, sem preocupação. O barulho do trem era bem fraco de fundo, eu ouvia musica alto em meus fones de ouvido. A garoa começou a esfriar o tempo e a fazer desenhos no vidro da janela. Destino: Itapevi. 00:30h lá estava eu, fui em direção ao ponto de ônibus. Bizarro como muita gente se preocupa com o tempo. Eu havia olhado no relógio para saber meu destino e pronto. Porém, todos a minha volta olhavam a cada segundos. Eu lia o pensamento deles em suas expressões; cansaço, pressa, rotina; sempre a rotina. O onibus veio. Desembarquei e caminhei na garoa fina. Uma luz a frente me despertou algo, a fome. Era o letreiro do Habibs 24h. Entrei todos olharam, qual o problema com o mundo? Porque olham estranho para as pessoas que estão só? Sentei, degustei, bebi; delícia de choop. Caminhei lentamente a minha residência. Tomei um longo e relaxante banho. Sentei-me a tecnologia, ouvi uma musica “Eagle Eye Cherry – Save Tonight”. “Salve esta noite e lute contra o amanhecer. O amanhã vem, amanhã eu estarei indo”. E eu chorei ao ler esta frase e este trecho em meu e-mail “Te amo Bia….e pode ter certeza que ter passado a tarde com vc foi muito mais gostoso do que ter pintado um simples quarto…”  finalizando o sucesso do meu aprendizado; eu havia conseguido, todos estavam felizes inclusive EU.

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