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Archive for Março, 2010

Dreams come true.

Quando deu por si já quase anoitecera e lá estava ela sentada ao banco de um transporte público com seus fones de ouvidos conectados. Tocava Arctic Monkeys. Suas mp3’s eram bem variadas. Ao término da música começou outra completamente diferente até de seu gosto musical. Ela lembrou que era a pasta que havia copiado errado, algumas musicas sertanejas de seu pai. O transporte estava lotado, porém ela não prestava atenção a sua volta. Seu pensamento estava nele. Olhava pela janela as nuvens deslizando no céu que escurecia aos poucos. De um amarelo ouro até um roxo púrpuro. Era hora do crepúsculo. Lembrara do livro de vampiros que estava lendo. Adorava ler.  E adorava vampiros. Pegou o livro folheou as páginas até o último capítulo, e começou a leitura. O capitulo foi breve estava ansiosa para o próximo livro. E aflita pensando nele. A saga era muito boa. Mas não conseguia deixar de olhar um segundo para seu aparelho celular imaginando quando ele a faria uma surpresa novamente. Ele havia contado para ela que não era muito adepto ao uso de celular. Então quando ela tentava contato e não conseguia sentia um vazio tão grande. E para compensar ele quando enviava mensagem para ela, em seu coração rolava uma festa de carnaval. Ela sorriu sozinha. As pessoas olhavam para ela. Porém, adorava estar feliz, não importasse quem a estivesse olhando ela queria sorrir. Não era possível controlar certas emoções que o garoto lhe despertara. Quanto mais. Mais ela gostava.

Ela sempre pensou estar incomodando ele de alguma forma. Mandava diversas mensagens sem obter resposta, e sempre que ligava ele não atendia. O que será que ele pensava quando pegava o celular e via aquele monte de ligações e chamadas perdidas. Independente do que fosse. Ela só ligava porque queria conversar. Saber mais dele. Adorava ouvir sua voz. E certas coisas que ele falava para ela. A confortava de alguma e inesperada forma. Sua mão ficou gélida sentiu o celular vibrar. Respirou fundo. Dentro de seu peito junto com o ar, um vazio. Olhou para o celular não era a pessoa esperada. Decepção. Sua mão soou frio ficou molhada. Secou a mão. Leu a mensagem respondeu a sua amiga. E deu play no tocador de musicas. Outro sertanejo parou para entender a letra da música. Não tinha costume de comparar seus sentimentos e estados emocionais com músicas, mas elas sempre se encaixavam de forma inesperada em certos momentos de sua vida. Por isso amava a música, a melodia, a harmonia, a letra e todo esse conjunto.

“(…) me arranca desse inferno me leva pro seu paraíso, eu não desisto do que eu quero, mas não me desespero, te espero; na tarde quente ou madrugada fria, na tristeza ou na alegria; ficar sozinho não rola mais amor não se implora nem se joga fora, o amor à gente conquista e não a quem desista de o coração chora (…)”.

Esse trecho da música fez duas lágrimas escorrerem por sua face rosada, secou com a ponta de seus dedos. Ficou observando-as, imaginando o por quê elas simplesmente brotaram em seus olhos. Pensava nele. Queria ele. Ela queria ser desejada. Olhou novamente para o céu. O crepúsculo já havia se defasado, era noite. Estrelas piscavam no céu. Levantou de seu acento, puxou o sinal do ônibus e foi caminhando em direção até a sua residência. Era como se o mundo tivesse congelado, nada importava; só ele. Queria saber dele. Estava cansada. Foi até seu leito e antes de se deitar olhou seus olhos no espelho, eles brilhavam. Ela sorriu novamente. E durante essa noite, ela sonhou com ele, outra vez.

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He thought of me.

Him

He thought of me.

(22:38)…
Pensou em mim – repetiu a garota baixinho enquanto lia a frase dita por ele…
Ela sorria a cada palavra que o garoto dizia em sua surpreendente reparição. Foi uma data muito interessante, alias; para ela importante. Ele havia lembrado dela. Isso significava algo, ela não sabia o que. Mas significava, e ela gostava disso. Já que em suas ultimas tentativas de contatos foram um pouco sem sucesso. Ela ouviu a voz dele, já estava começando a parecer familiar. Ela amenizava as coisas, sua voz a acalmava. A fazia viajar nas nuvens. Ele a havia feito um convite. Aceitou, seria importante. Ele disse que seria inesquecivel. Será inesquecível mesmo? Pensava a todo instante o que o fez pensar nela. Que desejo oculto o misterioso garoto havia. Ela o queria. Mas não o queria desvendar. Gostava do mistério envolvido. Queria descobrir mais sobre este mistério. Sobre o que este garotinho tão simples e tão interessante poderia lhe oferecer. De suas desaparições e reaparições. A fazia sentir mais e mais vontade. Mais e mais sensações nunca sentidas antes. Ela novamente o desejava. Sentiu fogo em suas entranhas. Suas mãos gelaram. Ele a havia procurado, duas vezes. No mesmo dia. Seria ele apenas um louco atrás de uma aventura qualquer? Não, ele não dizia isso, não parecia ser só isso. Ele parecia querer mais; mas exatamente qual seria esse mais para ele.
“Não desisto de uma coisa que eu quero” ela repetiu baixinho e em sua mente ficava ressoando sua voz dizendo “que eu quero” De onde viria esse desejo de querê-la. O que ela tem que o atrai? Ela não queria saber o que passava em sua mente, o porque sua vida teria tomado aquele rumo, ou muito menos desvendar quem ele era. Ela queria fazer parte dele. Parte do mistério. Parte de sua vida se ele deixasse é claro. Ela já havia ouvido isto dele. Seu coração ressoava o som de um martelo ao tocar em um prego com força. Às 00h27 ela sitou, “não importa o que você fez antes. Me importa o que quer fazer agora”. Em resposta recebeu uma das poucas coisas que esperava ouvir dele. Ele sempre a tratou muito bem. Sempre sem malícia, ou talvez até com malícia porém, sem maldades. Ele também a desejava. Ela sentia isso. Queria sentir isso.

He said: Want to touch you.
She said: I wish touch you too.
He said: So what we waiting for?

Piou uma coruja junto com o ressoar do relógio avisando o horário. Sonharia ela com ele naquela noite? E ele pensaria nela naquela noite? …Suas pálpebras se fecharam lentamente e uma lágrima escorreu pelo canto pálido de sua face gélida e adormecera novamente…
(00:33)…

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Waiting.

biiru_pé

...

See your beautiful smile and I would like to run away from… reflections of me in your eyes, oh please.

O tic tac do relógio entrou em sua mente. Significava as horas passando. Ouvia barulhos insignificantes. Não conseguia se concentrar ao que os outros falavam. Ela pegou um pequeno pedaço de papel e rabiscou por alguns instantes, quando obervou-o havia escrito MyP. O que significava aquelas siglas? Sua mente regurgitava as letras. O processamento de dados de sua cachola estava meio falho naquele dia. Não conseguia sorrir. Estava voando e não entendia o porque. Se pegara várias vezes pensando nele. E quando menos esperava acordava de um transe total. Estava viajando? Em qual estação será que sua freqüência estava ligada? Era um dia atípico, muitas coisas a resolver. As horas passaram rápidamente.
Foi almoçar sozinha relembrando tudo que teria que ser feito. Qual a ordem. Enquanto estava degustando, novamente voltou a pensar nele; em seus momentos sozinha pensava o quão seria bom ter uma companhia, a dele. Tentava imaginá-lo sorrindo. Não podia nunca vira ele sorrindo. Ficava lembrando da única recordação recente que tivera, sua voz. E nem dela conseguia se recordar claramente. Sentia uma preocupação, inútil talvez. Mais sangue bombava em sua veia que o necessário. Seu coração palpitava rapidamente. Sentiu sede e um vazio no estômago, seria mesmo este “vaziono estômago? Observou novamente as siglas que escrevera pela manhã no papel. Não entendia como conseguira rabiscar simples letras que representasse tanto a ela. Ela parou por um momento. Olhou ao seu redor, pessoas; muitas pessoas. Um conhecido, puxou conversa tentando desvincular seus pensamentos. Não durou muito tempo. Pois o destinos eram opostos. Enquanto a malvada da dentista a fazia sofrer ela fechou os olhos e o viu. Não sabia como mais o viu. Ele sorria. Abriu os olhos assustada. Desejos.
Seus pensamentos se confrontavam. Novamente estava voltando ao lugar onde mais lembrava dele. Quando abriu a agenda e se deparou com outro papel rabiscado em rosa com um numero de telefone. Não tinha certeza se era dele, arriscou. Enviou uma mensagem. Ao soar do bip com a primeira reposta sangue demais bombou em suas veias, não conseguia mais se concentrar a leitura de André Vianco; os vampiros não eram mais o centro de sua atenção. Ele era um tipo de vampiro muito forte para ela. A seduzia de uma forma incrivel. Sem esforço algum, ela era para ele uma presa fácil. Leu a mensagem diversas vezes. Sorria. Estava destraída. Ao passar por uma pessoa jurou tê-lo visto, em um piscar de olhos desapareceu. Seria alucinações; estava o vendo em visões. O que significava isso? Sua mente não entendia mais nada. Resolveu absorver toda essa informação. Seu coração relaxara. Sentia um calafrio interno. Anoiteceu. A música, agora, estava dominando sua mente. E com cada timbre e harmônia que assombravam seus ouvidos, ela adormeceu. Ele novamente sorriu para ela em seus sonhos.

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Thinking of you.

Biiru thinking

Biiru

Thinking of you.

Sentimentos. Porque será que esse tipo de coisa me assusta? Não me maximizo. Nem minimizo. Só não consigo acreditar que alguém possa gostar de mim. E, as vezes, eu me assusto com essa possibilidade – sentir.

As cortinas esvoaçaram com vento. Ela suspirou.
Recebera a primeira mensagem em seu celular. Quem quer que estivesse enviado não precisou de esforço algum, nem mesmo ser convincente. Ela sorriu. Aflita respondeu. E toda vez que o celular apitava seu coração palpitava de uma forma estranha. Chegou a sentir calafrios. Borboletas no estomago. E sonhar com nuvens. Estranho. Não conhecia aquelas sensações. Gostava do que sentia. E ‘parecia’ que o remetente também. Pois, respondia reciprucamente as mensagens. As sensações foram tomando conta de suas atitudes. Quanto mais ela queria; mais ela se apavorava. Estranho demais. Não soube administrar. Perdeu. Sua vontade fez com que ele perdesse o interesse. Tentava entender o que era aquilo. O que tinha feito de errado. Não conseguia. Único contato – celular, perdeu-se por acaso na vasta escuridão digital do botão ‘delete’. Erro. Incorrigivel, porém talvez o certo. Outra forma de contato, sem sucesso. Ele não a queria mais. Começou a rever os acontecimentos, chegou a uma conclusão; não era recente. Aquelas sensações não eram recentes. Ele mexia com ela. Era misterioso. Ela queria descobrir. Agora não teria mais como. Ficou somente na lembrança de algumas mensagens. Lindas e interessantes. Recordações. Recordações de algo que não aconteceu. Que ainda quer que aconteça. Esperando o destino ajudar. E ele, é ele… Ele precisa querer. Não tem como forçar. Mais ela gostaria. Ela tentou isso. O afastou, não tem correção. Tem perdão? Tem chance? O medo dela fez com que agisse de forma errada, estranha; isso acarretou em – lei da física – “Toda ação tem uma reação”. Não foi a reação esperada, nem a desejada. Talvez a certa para ele. E fez novas sensações nela. A do abandono. Da rejeição. E agora se sentindo culpada, está só. E toda vez que o celular toca ao receber uma mensagem…
… as cortinas esvoaçam com o vento. Ela suspira.

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